quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

VARIEDADES LINGUÍSTICAS

“Ninguém fala errado, todo mundo fala o idioma usado em sua comunidade”

A OFICNA SOBRE VARIEDADES LINGUÍSTICAS FOI BASTANTE DINÂMICA E MOVIMENTADA. NELA FOI POSSÍVEL REFLETIR SOBRE OS TIPOS E NÍVEIS DE VARIEDADES E PENSAR NA NORMA CULTA COMO UMA DAS VARIEDADES EXISTENTES E NÃO COMO A MELHOR, A QUE DEVE SER SEMPRE UTILIZADA .
OS PROFESSORES VIVENCIARAM SITUAÇÕES NAIS QUAIS UTILIZARAM UMA LINGUAGEM FORMAL OU INFORMAL, COM UM MAIOR OU MENOR NÍVEL DE MONITORAMENTO EM TEXTOS ESCRITOS E ORAIS E PERCEBERAM QUE A EFICIÊNCIA COMUNICATIVA DEPENDE DA ADEQUAÇÃO A SITUAÇÃO E AO INTERLOCUTOR.
FOI BASTANTE SIGNIFICATIVA A PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DE QUE HÁ UMA SUPERVALORIZAÇÃO DA LINGUAGEM CULTA, MESMO QUE DE MANEIRA INCONSCIENTE, EM SALA DE AULA E QUE OS TRABALHOS SÃO GERALMENTE REALIZADOS COM AS VARIEDADES RURAL E SOCIAL OU COM O OBJETIVO DE SUBSTITUIR A VARIEDADE PELA NORMA CULTA.
UTILIZOU-SE TEXTOS DOS AUTORES MARCO BAGNO E STELLA MARIS COMO FUNAMENTAÇÃO TEÓRICA E A PARTIR DELES PENSAMOS NAS POSSIBILIDADES DE TRABALHOS SIGNIFICATIVOS EM SALA DE AULA.

VEJA ABAIXO ALGUMAS CONSIDERAÇÕES INTERESSANTES SOBRE AS IMPLICAÇÕES DO TRABALHO DA REEDUCAÇÃO SICIOLINGUÍSTICA:

•Fazer o/a aluno/a reconhecer que é possuidor de plenas capacidades de expressão, de comunicação;
•Levar o aluno a tomar consciência da escala de valores que existe na sociedade em relação ao uso da língua(não significa aceitar ou submeter-se a ela);
•Garantir o acesso dos alunos e das alunas a outras formas de falar e escrever;
•Conscientizar o alunado de que a língua é usada como elemento de promoção social e também de repressão e discriminação;
•Trabalhar para a inserção plena dos alunos e das alunas na cultura letrada, por meio das práticas de letramento;
•Promover o reconhecimento da diversidade linguística como uma riqueza da nossa cultura, da nossa sociedade, ao lado de outras diversidades culturais.
(Marcos Bagno )

ELES TAMBÉM RECEBERAM ALGUMAS SUGESTÕES DO LIVRO “Nós cheguemus na escola, e agora? / Stella Maris Bortoni-Ricardo)”
SUGESTÕES DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS:

1. IDENTIFICAR NAS ATIVIDADES DE SALA DE AULA ALGUNS EXEMPLOS QUE SÃO CONDUZIDOS QUASE QUE EXCLUSIVAMENTE NA VARIEDADE PADRÃO;
2. FAZER LEVANTAMENTO DE REGRAS DE VARIAÇÃO PRESENTES NA LINGUAGEM DE AMIGOS E FAMILIARES OBSERVADOS DURANTE VÁRIOS TIPOS DE INTERAÇÃO;
3. GRAVAR A SI MESMO INTERAGINDO COM COLEGAS, FAMILIARES E PROFESSORES E IDENTIFICAR POSTERIORMENTE AS REGRAS VARIÁVÉIS NO SEU REPERTÓRIO;
4. GRAVAR DOIS DISCURSOS DE APROXIMADAMENTE 5 MINUTOS CADA UM, SENDO O PRIMEIRO PLANEJADO E O SEGUNDO NÃO;
5. RECOLHER EXEMPLARES DE LITERATURA POPULAR (CANÇÃO, CONTOS, TROVAS, POEMAS, NARRATIVAS DE EXPERIÊNCIA PESSOAL, HISTÓRIAS DAS FAMÍLIAS), APRECIANDO E DESCREVENDO SUAS CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS E LITERÁRIAS;
6. IDENTIFICAR EM DOIS TEXTOS (O PRIMEIRO ORIGINALMENTE ESCRITO E O SEGUNDO, A TRANSCRIÇÃO FIEL DE UM TEXTO FALADO) AS CARACTERÍSTICAS FORMAIS E FUNCIONAIS DAS DUAS MODALIDADES.
7. APRESENTAR VÍDEOS E SOLICITAR QUE OS ALUNOS IDENTIFIQUEM TRAÇOS QUE CARACTERIZEM A VARIEDADE LOCAL.

(Nós cheguemus na escola, e agora? / Stella Maris Bortoni-Ricardo)

FOI UM TREM BÃO DEMAIS ESSA OFICINA!




terça-feira, 1 de dezembro de 2009

OFICINA DO TP 2 - ANÁLISE LINGUÍSTICA


Realizada no dia 23 de novembro de 2009 a oficina do TP 2, unidade 6, contou com a participação 35 cursistas em Juazeiro – BA . Nela foram discutidas as concepções de gramática, tipos de ensino e análise linguística de maneira reflexiva e interativa. Utilizou-se a música “Morda a minha Língua” ( Eliana Printes) para iniciar a discussão sobre a Língua Portuguesa, suas concepções e ensino. Todo mundo “mordeu a Língua” e estabeleceu relação entre a letra música e o dia-a-dia do professor.
Os professores reconheceram que sempre de sentiram a necessidade de ensinar gramática de modo diferente, mas não sabiam como fazê-lo e colocaram o desejo de não mais ensinar a gramática para simplesmente apresentar a metalinguagem e escrever bem nos moldes clássicos, mas para permitir a reflexão e a livre articulação da língua, promovendo e estimulando a competência comunicativa do aluno.
Após essa conclusão, houve um momento de fundamentação teórica com a leitura do texto de referência "Questões ligadas ao ensino de gramática", páginas 36 e 37 do TP 2, seguida de uma discussão sobre a postura do professor de Português, o trabalho com a gramática e a importância dada as atividades de análise linguística em sala de aula.
Com toda teoria na ponta da Língua foram vivenciadas situações de análise linguística e os professores ficaram muito empolgados com as atividades práticas, foi um momento bastante produtivo.
No final, os cursistas soltaram a Língua e confessaram que tiraram dúvidas, ampliaram os conhecimentos, adoraram as sugestões, ressignificaram conceitos e se sentiram felizes com a possibilidade desenvolver um trabalho significativo.
Foi maravilhoso perceber a empolgação e o desejo fazer cada vez melhor...