quarta-feira, 15 de abril de 2009

MINHAS LEMBRANÇAS LEITORAS


Estudei as três primeiras séries em uma escola rural e precisava andar três quilômetros por dia para chegar ao "Grupo Escolar Antônio Alvino Xavier". Lembro-me bem de que era uma sala multisseriada e de que cada série tinha o seu lado determinado no pequeno quadro negro. As atividades eram feitas quase sempre no livro didático e algumas exigiam que juntássemos as sílabas para formar as palavras. Eu não sentia muita dificuldade e até ganhava o direito de sentar perto de um colega para ajudá-lo a resolver a tarefa. Sentia - me poderosa, quase uma professora , tinha as lições e os textos na ponta da língua.
Os textos? Eram todos do livro e eu achava todos maravilhosos. Olhava-os e desejava que chegássemos logo aos textos finais do livro, achava-os mais coloridos , maiores e mais interessantes. Na hora da leitura cada aluno lia uma parte para a professora avaliar se estava lendo bem. Mesmo sem querer, eu decorava o texto todo e até hoje tenho alguns guardados nas minhas lembranças. Ás vezes, ainda me pego repetindo as minhas histórias favoritas, como se pudesse retornar àquele tempo que hoje considero mágico. Na minha casa não existiam muitos livros, apenas os que meus irmãos traziam da cidade para “estudar nas férias” e não ficavam disponíveis para mim. As histórias que eu conhecia fora da escola eram contadas por Minha mãe, Dona Auta, que cansada da labuta, deitava-se cedo e logo recebia muitos companheirinhos na sua cama macia ....! Contava então várias histórias, algumas que começava “MÃE DIZIA” outras que “EU CONHECIA” e ainda existiam as famosas “HISTÓRIAS DE TRANCOSO”, que não tinham compromisso algum com a realidade . Ela Contava histórias e coçava a nossa cabeça. Não Sei se desejava na nossa diversão ou a nossa dormida, o que sei é que conseguia as duas coisas. Quando terminei a terceira série, minha professora “Davina ” convenceu minha mãe de que eu deveria estudar na cidade, já que os meus irmãos mais velhos estavam lá e eu estava bem adiantada nos estudos. Foi o período mais feliz da minha vida, eu fui morar na cidade . Dentre as grandes descobertas e amizades que fiz nesse período, estava “Dona Fátima Pereira”, minha professora de Português da quarta série, que me ensinou a ver e a ler mais... Ela me apresentou aos livros , as músicas e as imagens. A partir desse período roubava as “Sabrinas” de minhas irmãs e visitava a biblioteca da escola. Adorava ler Inocência , Meu pe de laranja lima, Menino de Engenho, Amor de Perdição... sonhava com aquelas cartas... marcaram a minha vida como leitora.

terça-feira, 7 de abril de 2009

REGISTRO REFLEXIVO


A VIDA É FEITA DE ENCONTROS , DESENCONTROS E REENCONTROS...


Foi assim, reencontrando velhos companheiros e encontrando novos parceiros que vivemos a semana de 02 a 06/03 de 2009 no Instituto Anísio Teixeira em Salvador – BA. As expectativas eram muitas e todas positivas, mas nenhuma delas conseguia prever o inesperado, o desencontro entre os objetivos da professora Isabel, incumbida de apresentar o GESTAR e os desejos de um grupo de professores, já experientes na aplicação do programa. O desequilíbrio momentâneo foi inevitável e suficiente para deixar aflorar idéias e estratégias novas para o redirecionamento dos trabalhos. Conhecemos os cadernos de atividades, discutimos sobre as suas propostas e assistimos ao filme “Narradores de Javé”... Aprendemos com a prática a necessidade de interagir, repensar, replanejar, ressignificar objetivos e estratégias que condigam com a realidade de um grupo .

PARABÉNS PARA TODOS!